A cultura de tecidos vegetais in vitro é uma técnica fundamental na biotecnologia agrícola e florestal, sendo essencial para a propagação massal de espécies de alto valor. No entanto, para laboratórios e empresas que buscam ir além da pesquisa e atingir a escala comercial, o caminho pode ser repleto de obstáculos.

Montar ou escalar uma sala de cultura de tecidos vegetais é um desafio que exige uma tríade crítica: eficiência operacional, reprodutibilidade rigorosa e controle de custos operacionais.

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É nesse ponto, na intersecção entre o desafio da escala e a busca por qualidade consistente, que a tecnologia pode ser agregada. Por anos, o cultivo em meio semi-sólido em frascos de vidro dominou o cenário. Embora eficaz em pequena escala, esse método é intensivo em mão de obra e ineficiente quando o objetivo é multiplicar milhões de plântulas.

A solução para escalar a produção sem comprometer a qualidade, a sanidade ou o orçamento operacional está no avanço da engenharia de bioprocessos: o biorreator de imersão temporária (BIT).

Esse equipamento representa um salto tecnológico, tirando a cultura de tecidos da bancada artesanal e elevando-a a um patamar de produção industrial automatizada. Ao substituir o meio de cultura semi-sólido pela imersão líquida controlada, o BIT automatiza processos como a transferência de meio e a aeração e aprimora os resultados, promovendo maior taxa de multiplicação e vigor das plantas.

Neste artigo, a C4 Científica vamos explorar o princípio de funcionamento do Biorreator de Imersão Temporária

O que é o biorreator de imersão temporária

O Biorreator é um sistema avançado projetado para multiplicar células vegetais, tecidos ou órgãos em um meio de cultura líquida. Diferente do método convencional, que utiliza meio de cultura sólido (em gel), o sistema de imersão temporária funciona com um conjunto de frascos interligados, onde as culturas são nutridas de forma controlada.

O meio nutritivo líquido banha as plantas em intervalos programados a chamada imersão temporária garantindo que recebam os nutrientes necessários sem ficarem submersas o tempo todo. Isso, junto ao controle preciso de ar e gases, cria um ambiente ideal para o desenvolvimento acelerado e saudável das mudas, com mínima manipulação humana.

Principais vantagens do biorreator

O foco da tecnologia BIT está na sua capacidade de nutrir as culturas de forma eficiente e controlada. Diferente da submersão contínua, que pode levar à asfixia do tecido vegetal (hiper-hidricidade), o sistema opera através de um conjunto de frascos (ou vasos de cultura) interligados a um reservatório de meio nutritivo líquido.

Os benefícios são claros:

• Aumento de escala e eficiência: o uso do meio líquido e a estrutura do sistema permitem o cultivo de uma quantidade muito maior de material vegetal no mesmo espaço. O resultado é uma taxa de crescimento.
• Qualidade e uniformidade das mudas: o ambiente controlado do biorreator diminui o estresse gasoso e mecânico nas plantas. Isso se reflete diretamente em um lote de mudas mais uniforme e vigoroso ao final do processo, elevando o padrão de qualidade da sua produção.
• Redução drástica de mão de obra e custos: a automação é um dos maiores trunfos. O sistema reduz significativamente a necessidade de manipulação manual para repicagens, o que diminui expressivamente os custos de produção e os riscos de contaminação, um ponto crítico em qualquer laboratório.
• Versatilidade para diferentes culturas: A tecnologia de imersão temporária é flexível e pode ser adaptada para diversas espécies de plantas, incluindo aquelas que demandam condições especiais, como as mais tolerantes à seca.

Como a C4 Científica acelera sua produção com o C4 Bit

Nosso biorreator de imersão foi projetado para entregar todos os benefícios da automação em um sistema robusto e confiável.

O C4 Bit permite que seu laboratório dê o próximo passo, implementando um processo de produção de mudas em larga escala com monitoramento e controle precisos das condições de cultivo.

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